
Ela tem o cheiro que eu procuro na noite ou no dia. A textura de pele. O suor no ponto.
Só ela tem exatamente o que eu quero. Ela se encaixa perfeitamente!
Eu a achei, e agora vou mostrar a ela o cheiro do mundo, o cheiro de tudo que eu vim vivendo todo esse tempo. Ela estava ali, silenciosamente bebendo sua xícara de café. Seu rosto claramente a mostra, tão nítido, e ao mesmo tempo escondida atrás de seus cabelos negros e de sua antipatia.
A boca vermelha. O cabelo negro. O dia frio. A ventania. O céu cinza. Era perfeito pra começar. Eram três e quinze da tarde, parecia ser 6 da manhã. Vinha o pensamento de o que aconteceria até meia-noite, vinha junto à euforia.
‘’One of these days irei te cortar em pedacinhos. ’’
Ela se levantou o frio era gélido quando ela passava por mim. Fui pra casa, via desenho animado enquanto esperava o sol que estava atrás da neblina se por. O sol que não se via nem se sentia. E quando a noite chegou o frio já estava três vezes mais gelado. Meia-noite azulada queimando dourada, uma lua amarelada crescendo fria E La estava ela.
-Ola!
Ela virou o rosto lentamente e me encarou, tudo que eu sonhava passou a acontecer da forma como eu esperei por tanto tempo.
-Fique e me ajude a terminar o dia e se não se importar, abriremos uma garrafa de vinho. Fique por perto, e talvez a gente consiga derrubá-la toda. Porque quero descobrir o que se esconde por trás dos teus olhos.
Eu estava certo, ela tinha o beijo que eu procurava aquele com gosto de virada de ano, com lembrança de vinho. Beijo com lembrança de dia feliz...
Foi tudo tão lindo, tão intenso, a antipatia dela já não era fria, não comigo. O cheiro da pele continuava o mesmo, o que quase me trazia um orgasmo. Era lindo a ver acordar... Foi tudo perfeito... Até o dia final, o dia do serial killer. Depois, sonhava em uma vida em que seria possível vários ‘’serial killer’’ (Assim que vocês chamam) com uma vitima como ela. Nunca mais teve a mesma graça.
